Introdução e Manejo de Pastagens de Clima Temperado e Produção Animal
A utilização de pastagens cultivadas de clima temperado, constituidas da consorsorciação entre gramínea, Azevém anual (Lolium multiflorum) + leguminosas, Cornichão (Lotus corniculatus) e Trevo branco (Trifolium repens), foi estudada desde os anos da década de 1960 na antiga "Estação Cinco Cruzes", demonstrando a viabilidade destas espécies para a região de Bagé, aumentando a oferta de forragem em quantidade e qualidade nos meses de Inverno e Primavera, incrementando a carga animal / hectare, diminuindo a idade de abate para os 24 meses, entre outros benefìcios. Estes trabalhos também demonstraram a necessidade de que 30 % da área útil da propriedade rural devería ser destinada para a utilização de pastagens cultivadas e que as mesmas ao serem introduzidas de forma direta ou com o mínimo revolvimento do solo, permaneciam por mais tempo produtivas. Com estes dados concluimos que há muito a pesquisa demonstrou que produzir de forma ecológica (engorda a pasto), conservacionista (pouco ou nenhum revolvimento solo) e com resultados econômicos, ao reduzir as perdas invernais, diminuir a idade de abate e produzir animais que se enquadram no padrão exportação, é plenamente viável. Fatôres estes que hoje, décadas após, são exigências internacionais para a obtenção de Laudos ou Certificações para a entrada da carne industrializada ou "in natura" em países de melhor remuneração.
AS PASTAGENS CULTIVADAS SÃO MUITO MAIS EFICIENTES FRENTE A OUTRAS ALIMENTOS!!!
Na tabela abaixo, oriunda de Pesquisa Internacional, fica demonstrada a SUPERIORIDADE ECONÔMICA do uso de pastagens frente a outros suplementos. A mesma tem por base a quantidade de ENERGIA DIGESTÍVEL produzida aos bovinos por cada uma das fontes de alimento e a quantidade consumida de ENERGIA FÓSSIL, ou seja ÓLEO DIESEL, para produzir os referidos alimentos:
Tabela 01: Energia Digestível Produzida (ED) por consumo de Energia Fóssil (EF)
TIPO de ALIMENTO |
ED / Consumo EF Mcal / Mcal |
Milho | 2,5 |
Soja | 2,0 |
Silagem Milho | 4,1 |
Feno | 7,5 |
Silagem Pastos | 8,2 |
Pastagem | 40 - 100 |
Adaptado: Pimentel et al. (1973) Reid (1973)
Com base na pesquisa e nos resultados de campo, é inegável a superioridade das pastagens na produtividade e rentabilidade da pecuária de corte.
Atualmente existem melhoramentos forrageiros que oferecem diversas espécies e variedades, adaptadas a diferentes tipos de clima, solo, necessidade de fertilizantes, ciclo produtivo, tipos de semeadura, entre outras características, que nos possibilitam várias alternativas para um eficiente e rentável planejamento forrageiro.
Nossa Consultoria oferece desde o planejamento, custos, escolha das pastagens, tipos de semeadura (uso de dessecantes, direta, cobertura sobre campo nativo, integrada a agricultura e semeadura aérea), manejo do pastoreio, ajuste da carga animal, etc..., tendo como príncipio básico, o planejamento do sistema e fundamentalmente respeitando a filosofia do produtor rural o meio ambiente e as técnicas conservacionistas.